O poeta está só, dizem. Porém, a cada dia, a cada poema, o olhar continua a ser um signo e o espaço para que as palavras falem de nós, por nós. Que falem do mundo e da sua singular essência, da sua humanidade salvífica, com a sua voz única, porque deseja, na sua mais humílima forma mostrar "os nossos" na substância que os rostos encerram. Os rostos que procuro nestes instantes, numa fuga perene, s...
Paulo Matos - Arrumação dos Rostos
Arrumação dos Rostos
Paulo Matos
Descrição
O poeta está só, dizem. Porém, a cada dia, a cada poema, o olhar continua a ser um signo e o espaço para que as palavras falem de nós, por nós. Que falem do mundo e da sua singular essência, da sua humanidade salvífica, com a sua voz única, porque deseja, na sua mais humílima forma mostrar "os nossos" na substância que os rostos encerram. Os rostos que procuro nestes instantes, numa fuga perene, são como o último sítio, o refúgio dos simples, a pedra que viaja comigo e que vos convoca para perto, sim, para perto, porque ter medo é também ter fé, amar.Sim, amar.