Clepsydra PDF
«A cada um de só três poetas, no Portugal dos séculos dezanove a vinte, se pode aplicar o nome de «Mestre». São eles Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha. […] O terceiro ensinou a sentir veladamente; descobriu-nos a verdade de que para ser poeta não é mister trazer o coração nas mãos, senão que basta trazer nelas os simples sonhos dele. Estas palavras que não são nada bastam para apr...

Camilo Pessanha - Clepsydra

Clepsydra

Poemas de Camilo Pessanha

Camilo Pessanha

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Idioma
português
Formato
epub
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Descrição

«A cada um de só três poetas, no Portugal dos séculos dezanove a vinte, se pode aplicar o nome de «Mestre». São eles Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha. […] O terceiro ensinou a sentir veladamente; descobriu-nos a verdade de que para ser poeta não é mister trazer o coração nas mãos, senão que basta trazer nelas os simples sonhos dele. Estas palavras que não são nada bastam para apresentar a obra do enorme poeta Camilo Pessanha. O mais, que é tudo, é Camilo Pessanha.»Fernando Pessoa Um século depois da primeira edição, Clepsydra, de Camilo Pessanha, obra marcante do simbolismo português e fonte de inspiração para a geração de Orpheu, ganha, nesta edição, um retorno à intenção de organização do autor, baseada numa lista, inédita, com a caligrafia de Pessanha que ordenaria a edição dos seus poemas.Esses poemas circularam em manuscrito entre os amigos e eram «muito conhecidos, e invariavelmente admirados, por toda Lisboa», como escreveu Pessoa. A publicação teve lugar em 1920, revelando, como jurou Jorge de Sena, «um dos mais extraordinários artistas que em nossa língua haja escrito». Da sua poesia, prossegue Sena, deve realçar-se «a natureza reticente e delicadíssima» ou «a transposição quase mallarmeana dos factos, aliada a uma quebrada melancolia do dizer, que só tem paralelo em Verlaine».Liberta de falsas emoções, ciente da passagem do tempo, aceitando lucidamente a realidade da vida e da morte, esquiva a todo o sentimentalismo, a sua poesia é, diz Sena, «um puro milagre de murmúrio rigorosamente verbal, cuja alada forma a língua portuguesa nunca tivera e não tornou ainda a ter».

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