Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 10 (de 12) PDF
EXCERPT As paredes tapizadas de musgo e fetos a vegetarem das fisgas. Duas pombas pretas a arrulharem na cornija. Um pardal a sacudir as azas molhadas no beiral do telhado. E á volta d'isto o rumorejo dos pinhaes circumpostos. Sentei-me no beiral do adro, a olhar para uma janella interior da residencia, e a scismar nos vinte e cinco annos que o abbade para alli trouxera, e nas noites e dias dos ...

Camilo Castelo Branco - Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 10 (de 12)

Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº 10 (de 12)

Camilo Castelo Branco

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Portuguese
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EXCERPT
As paredes tapizadas de musgo e fetos a vegetarem das fisgas. Duas pombas pretas a arrulharem na cornija. Um pardal a sacudir as azas molhadas no beiral do telhado. E á volta d'isto o rumorejo dos pinhaes circumpostos.
Sentei-me no beiral do adro, a olhar para uma janella interior da residencia, e a scismar nos vinte e cinco annos que o abbade para alli trouxera, e nas noites e dias dos outros vinte e cinco alli passados, com resignação, e até com alegria, tão só e desatado dos agrados da companhia, e com tantos predicados para dar e receber na convivencia uma honesta felicidade!

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