Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº8 (de 12) PDF
EXCERPT Durou pouco a esperança. Detraz dos hymnos festivaes vinham os crepes funerarios. Após esta radiante aurora seguiram-se as trevas da reacção, os carceres, as galés, as deportações, os exilios e os morticinios. A velha Europa estendeu os pulsos e deixou-se algemar. O mais hediondo mal da escravidão é o habito torpemente adquirido de ser escravo. O maior crime da tyrannia é educar as gera...

Camilo Castelo Branco - Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº8 (de 12)

Noites de insomnia, offerecidas a quem não póde dormir. Nº8 (de 12)

Camilo Castelo Branco

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EXCERPT
Durou pouco a esperança. Detraz dos hymnos festivaes vinham os crepes funerarios. Após esta radiante aurora seguiram-se as trevas da reacção, os carceres, as galés, as deportações, os exilios e os morticinios. A velha Europa estendeu os pulsos e deixou-se algemar.
O mais hediondo mal da escravidão é o habito torpemente adquirido de ser escravo.
O maior crime da tyrannia é educar as gerações para a abjecção moral, para a aniquilação da dignidade individual, e para a ignorancia dos proprios deveres.

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